TugaTotal



Frankie Chavez sou eu no mais profundo do meu ser. Na partida para uma viagem, na chegada de uma aventura, na partilha de um som, na confusão de um país longínquo. A musica está comigo onde quer que esteja. Gosto de associá-la a cheiros, momentos ou lugares. É aí que ela surge. É aí que ela me completa. É aí que ela me leva quando mais tarde quero lá voltar. A minha ligação com a música começou há 21 anos. Tinha 9 e comecei a tocar guitarra. Não foi imediato. Mas foi algo que cresceu comigo para nunca mais me largar. Hoje, tocar, é ir visitar a alma. É conversar comigo. É exprimir o que sinto sem necessariamente ter que escrever ou falar. É aí que surgem os temas instrumentais. Da pura meditação. Começamos com um pensamento, ou com um sentimento. O resto vem por si. Uma coisa após outra e… tenho um padrão. A escrita veio mais tarde. Senti a necessidade de tentar acompanhar o que a guitarra dizia. De completar a frase. De haver uma guia. De ser guiado, por vezes. Como uma dança. E depois há as viagens. Quando se está em viagem há tempo para tudo. Foi em viagem que criei alguns dos temas que gravei neste trabalho. Num dia chuvoso, numa noite de insónia. Num momento morto em que saio de casa para tocar num jardim. Quando regressei a Portugal comecei a tocar em formato de one man band. De onde eu vinha trazia alguma influência deste formato. Um concerto levou a outro, um tema levou a outro, um pedal levou a outro... Quando dei por mim tinha algo em que acreditava e de que gostava. Foi bastante gratificante e motivador quando reparei que não era o único. Com a ajuda certa das pessoas certas surgiu o convite para integrar o leque ecléctico do projecto Optimus Discos de Henrique Amaro. Neste EP tentei ser o mais fiel e honesto possível àquilo que mostro ao vivo. Uma guitarra, uma voz e a percussão que estiver ao meu alcance. É o que tenho e é o que uso. Os temas são “blues oriented” e são crus como o blues pede. As letras são histórias de quando a minha mente vai viajar. Sou eu na madrugada dos maus caminhos, na alucinação da sobriedade, sem máscara ou obrigação.


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